Este já seguiu para a Música no Coração e para a Super Bock

"Boa tarde,

Sugiro-vos três nomes alternativos para o mesmo festival, o Super Bock Super Rock no Meco. Estou certo de que percebem aquilo de que estou a falar, se tiverem estado de olhos abertos durantes os últimos quatro dias. Deixo também algumas sugestões:

No campismo: limpar o chão antes da chegada dos campistas, isolar as áreas dos banhos e das casas de banho, de modo a que não haja qualquer possibilidade de ver pessoas em condições terceiro mundistas, a acampar ao lado de rios de água suja (ou outros líquidos, quem sabe).

Introduzir equipas de segurança no recinto do campismo, que possam certificar que não há gente a violar tendas, que a partir de uma certa hora há condições para dormir, para que se tenha a certeza que o preço do bilhete não é mais caro que o previsto.

Assegurar corredores entre as tendas, delimitar ilhas de acampamento. Coisas simples e baratas.

Criar uma zona de lavagem mãos (ou dentes) que não fique enlameada. É simples, e há muitos materiais disponíveis para isto. Permitir neste local o uso de água corrente, e não dependente do uso dos pés (já algum de vocês lavou os dentes assim? Não é agradável.

Por último, deslocar a zona de campismo para uma zona com árvores. Até uma pessoa como eu, que acampou este fim-de-semana pela primeira vez, percebe que as árvores são amigas de quem quer dormir.

No festival em si: relvar o recinto não pode ser assim tão caro. Bater a areia, para que o nível de poeira seja menor. Limpar as casas de banho, não?

A chegar ao festival: criar um circuito fechado, em que se chega por um lado e se sai por outro. Este ano não foi por falta de boa vontade das autoridades ou das câmaras, que vos facilitaram a tarefa. Agora, há que ser inteligente, uma vez que pelo menos 1/10 do dinheiro que fizeram ontem foi com pessoas que não viram os concertos, porque nunca lá chegaram. E isso é uma vergonha.

Extraordinário é que tenham de ler isto, uma empresa que organiza festivais de música há pelo menos uma dezena de anos. Certamente partilharão a responsabilidade com o patrocinador, mas deviam ter vergonha de receber conselhos óbvios de pessoas que nada têm a ver com o vosso negócio e, mesmo assim, têm mais senso comum.

Com os melhores cumprimentos,

José Almeida"