No dia em que eu perco sensivelmente 10% do meu pequeno património na bolsa, leio um coisa num blog que ainda me deixa mais apreensivo:
se é verdade que a situação económica de Portugal não está no patamar dramático da Grécia, também é certo que, se a Alemanha, motor da economia europeia, decide "fechar a torneira", até o Euro pode estar em causa, numa Europa dizimada pela falta de investimento, com países periféricos como o nosso, de exportações estagnadas, e onde a criação de emprego e riqueza é, cada vez mais, uma impossibilidade.
Que estamos em crise já todos sabemos, há muito tempo, mas quando ela começa mesmo a tocar-te com o dedo é que tu começas a perceber bem o esquemas e começas a pensar "quão longe é que estaremos de 1929 e de ver filas de pessoas para apenas terem o que comer?".
A ideia que temos é que os senhores grandes lá na Europa salvarão sempre e dinheiro é coisa que não vai faltar. Mas e se realmente faltar? Se um país como a Alemanha que é o motor desta cena decidir que não tem que ajudar mais ninguém porque ela própria está a ficar sem dinheiro, como é que ficaremos todos nós?
No outro dia vi um vídeo que dizia uma coisa que eu tendo a concordar. A culpa disto tudo é simplesmente dos nossos pais. Eles foram a geração com mais poder de compra de sempre. Se olharem para os vossos pais, eles são aqueles que ajudam os pais deles e ajudam-vos a vocês, ou seja, eles têm poder económico para ajudar 3 gerações! Qual é o problema? É que os nossos pais estão-se a reformar, vão continuar a receber o ordenado alto e não vão trabalhar. Quem vai ter que sustentar essa reforma é a nossa geração. Mas isso só é possível se nós produzirmos muito mais do que recebemos. 6 vezes mais, para ser preciso. Traduzindo por miúdos, que produzir 6mil euros recebe mil. Fora isto o sistema entra em bancarrota. É certo.
Posto isto, o futuro à nossa frente parece brilhante?
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